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Greve dos médicos municipais cresce em Salvador

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A assembleia dos médicos do município desta quinta (6) decidiu pela continuidade da greve iniciada no dia 4, após avaliar positivamente o movimento e identificar tendência de crescimento nas adesões. Uma nova assembleia já ficou marcada para a próxima quinta-feira, dia 13, às 19h, no auditório da ABM, em Ondina.

A paralisação, que inicialmente mobilizou principalmente os estatutários, se expande agora para os demais vínculos como PJ, IGH, TAC e outros. A tendência de crescimento da paralisação vem também em decorrência da greve dos demais servidores municipais, que começa na segunda-feira, dia 10, após a recusa da irrisória proposta de reajuste feita pela prefeitura, que sequer repõe a inflação acumulado no último ano.

O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, fez questão de parabenizar a todos pela mobilização e engajamento na greve, avaliando que a paralisação conta com adesão superior a 80% dos estatutários, e que as unidades de saúde só não pararam por completo porque ainda falta a adesão dos médicos contratados através de vínculos precários. Magahães ressaltou ainda a coragem dos colegas, que tem enfrentado ameaças. “Eu soube que muitos tem recebido telefonemas pedindo o número do Cremeb de vocês o que é uma forma de ameaça velada, porque a prefeitura já tem isso em seus arquivos”, disse o presidente.

Representando o Conselho Regional de Medicina (Cremeb), na assembleia, o conselheiro Jecé Brandão destacou a importância dos médicos do município para o SUS. Ele falou da preocupação do Conselho porque 90% da população de Salvador, hoje, depende exclusivamente do sistema público de saúde. “Os gestores não dão a devida importância ao SUS, porque não são eles que o utilizam”, disse o conselheiro, lembrando palavras do ex-ministro Adib Jatene. Jecé também colocou-se à disposição para intermediar pessoalmente as negociações com o secretário municipal de saúde.

Ao final da assembleia, os médicos votaram pela continuidade da greve, reafirmando as revindicações anteriores e mais:

Construção de um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos exclusivo para os médicos do município;
Contratação pela CLT de todos os que tem vínculos precários, equiparando-os à maior remuneração praticada atualmente, observando o direito à isonomia;
Adequação de todas as cargas horárias;
Pagamento retroativo da periculosidade e insalubridade.


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