09h13

Maternidade Albert Sabin realiza cirurgia fetal

A primeira cirurgia fetal endoscópica guiada por ultrassonografia realizada na Bahia aconteceu nesta quinta-feira (22), na Maternidade Albert Sabin, em Cajazeiras, unidade que integra a rede estadual de saúde.

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Maternidade Albert Sabin realiza cirurgia fetal

A primeira cirurgia fetal endoscópica guiada por ultrassonografia realizada na Bahia aconteceu nesta quinta-feira (22), na Maternidade Albert Sabin, em Cajazeiras, unidade que integra a rede estadual de saúde.

A cirurgia contemplou uma paciente de 19 anos, no sexto mês de gestação, com bebê portador de uma má formação - uma hérnia diafragmática congênita-, e foi feita pelo médico Fábio Peralta, da Universidade de Campinas (Unicamp), especialista em medicina fetal e cirurgia fetal endoscópica, auxiliado pelo também especialista Orlando Neto e pelo ultrassonografista Sérgio Matos, integrante da equipe da maternidade.

A diretora da Maternidade Albert Sabin, Rita Leal, destacou a importância do apoio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) para a realização da cirurgia, lembrando que a Superintendência de Regulação e Gestão da Saúde (Suregs) foi responsável pela articulação e viabilização da vinda dos   especialistas da Unicamp a Salvador.

O médico Sérgio Matos conta que a hérnia diafragmática do bebê foi diagnosticada durante consulta pré-natal realizada na maternidade e que, devido à gravidade do caso, era necessária uma intervenção cirúrgica, ainda intra-útero. “A hérnia faz com que o fígado e estômago se desloquem para o tórax, comprimindo o pulmão do feto, que deixa de se desenvolver normalmente”, explica o ultrassonografista.

Ainda segundo o médico, com esse tipo de má formação a chance de morte do bebê no nascimento, mesmo nos centros mais desenvolvidos, é de 70% a 80%, por causa da compressão do pulmão. O procedimento cirúrgico fetal endoscópico, de inserção de balão endotraqueal, guiado por ultrassonografia, permitirá o desenvolvimento pulmonar do bebê ainda intra-útero, minimizando os riscos de óbito.

Após a cirurgia, que durou cerca de uma hora, incluindo todo o preparo da paciente, e a alta hospitalar, que deve ocorrer até amanhã (24), a gestante terá acompanhamento semanal. No oitavo mês de gravidez ela será submetida a novo procedimento cirúrgico intra-uterino, para retirada do balão, e depois do nascimento, ainda nas primeiras semanas de vida, deverá ser feita a cirurgia para a correção definitiva do problema.
 


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