15h07

Ministério divulga declínio de doenças infecto-contagiosas

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Ministério divulga declínio de doenças infecto-contagiosas

A incidência de doenças infecto-contagiosas caiu vertiginosamente no Brasil nas últimas décadas. Os dados divulgados neste mês de dezembro pelo Ministério da Saúde confirmam a tendência mundial e registram queda expressiva nos números de doenças transmissíveis nos últimos 10 anos, como tétano, sarampo, dengue, tuberculose, diarreias e síndromes respiratórias.

A queda no número de casos de tétano no Brasil é atribuída à vacinação de rotina e ao reforço na imunização dos chamados grupos de risco. Neste período, o número de casos caiu 44%. Enquanto em 2001, o país registrou um total de 578 casos, em 2011 foram 327.  No caso do tétano neonatal a redução foi ainda maior, superando os 80% de 2001 a 2011, caindo de 37, para seis casos, respectivamente.

O sarampo já foi responsável por uma parcela importante da carga epidemiológica das doenças infecciosas no Brasil, com alta incidência e letalidade até a década de 1990. A meta de eliminação do sarampo nas Américas até o ano 2000 foi estabelecida em 1995 e foi seguida no Brasil por fortes investimentos nas estratégias de vacinação, que se mantêm até o momento. A última cadeia autóctone foi confirmada no Estado do Mato Grosso do Sul, em 2000, quando foi concluída a implantação das vacinas tríplice e dupla viral, que estavam em fase de implantação. Em 2011, foram confirmados 43 casos de sarampo, distribuídos por vários estados; entre eles, sete apresentaram histórico de viagem à Europa e aos Estados Unidos. Os demais foram confirmados por vínculo com os casos importados.

O número de casos graves de dengue caiu este ano 64% em comparação a 2011. A queda foi muito maior se forem considerados os números de 2010 – percentual de redução de 78%. Enquanto de janeiro ao início de novembro em 2010, os casos graves da doença chegaram a 17.037, no mesmo período de 2012, o número totalizou 3.774. Os óbitos também apresentaram queda de 63% em comparação com 2010. De janeiro até a primeira semana de novembro, foram confirmados 247 óbitos, sendo que no mesmo período de 2010 foram 672 óbitos. Os avanços confirmam a estratégia de enfrentamento da dengue: não apenas de eliminar o mosquito, mas garantir a assistência básica, capacitação dos profissionais e aprimoramento da informatização dos dados de vigilância epidemiológica.

Ano passado, o país registrou 71.337 casos de tuberculose. A publicação Saúde Brasil, apresentada pelo Ministério da Saúde em outubro, aponta uma queda média da taxa de incidência da tuberculose de 1,3% por ano, entre 2001 e 2011, totalizando uma taxa de 37,1/100 mil habitantes. Neste período, a quantidade aproximada de óbitos pela doença foi de 4,6 mil.

Aproximadamente 78,8 mil internações por diarreia deixaram de ocorrer em 2011 se comparado ao ano de 2001, caindo de 274.383 internações para 195.553 em 2011. Além disso, houve queda expressiva no número de óbitos em menores de um ano, em 75,3%, entre 2000 e 2010, passando de 3.004 óbitos por diarreia para 740 em 2010.  Essa diminuição dos casos graves e das mortes em está associado ao conjunto de ações que integram a Política Nacional de Aleitamento, como aumento no número dos bancos de leite no país, o incentivo ao aleitamento materno, a expansão do Bolsa Família, a capacitação dos profissionais da atenção básica para atenção integrada às doenças prevalente na infância e ao Rede Cegonha.

Além disso, as Unidades Sentinelas espalhadas por todo o país vêm ajudando a monitorar e combater, de forma rápida, as doenças respiratórias causadas por vírus, como as gripes. O Ministério da Saúde também atua sistematicamente para combater as chamadas Síndromes Respiratórias. Em 2009, foram notificados 88 mil casos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), esse número caiu drasticamente em 2011 – pouco mais de 4.900 casos. Neste ponto, as vacinas, a gratuidade dos medicamentos, o diagnóstico precoce e o tratamento em todas as unidades básicas de saúde, que também integram as ações de prioridade do Governo, são responsáveis diretos pelo declínio. 


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